Lembro-me perfeitamente da primeira vez que me liguei à internet. Tinha um modem de 25k que fazia tanto barulho a ligar, tal e qual uma impressora de agulhas. Esta lembrança não vem ao acaso. Naquela altura não tinha rede sociais, tinham um e-mail que foi a minha estreia, com um hotmail, ou talvez um sapo?! Ía à internet para ver “aquilo” só a mexer, quase que era como uma recompensa de final de dia, depois de jantar e de arrumar tudo, podia ir um bocadinho para a internet. Ía ao Sapo ver o tempo, às vezes o horóscopo porque era o que lá estava. Não tardei muito a ter uma conta no mIRC. Como tudo se passava no computador, combinava-se uma hora para falarmos. Tinha alguns penfriends com quem trocava correspondência e que comecei a trocar mensagens pelo mIRC.
Manter o blog? Ou não?
Este meu blog, é um caso de amor e ódio, ou melhor de, tenho tempo e não tenho. Por vezes não lhe toco, passam semanas sem lhe pôr a vista em cima, e depois lá venho eu e até escrevo 1 ou 2 posts de seguida (maluqueira).
Já pensei em encerrar o blog, no decurso, de quando penso que já tenho redes sociais a mais e demasiados canais online para gerir. Mas até tenho pena deste Tribe Land, porque gosto deste canto digital que aqui criei ainda nem existia Lance, nem nada. Este é o mesmo blog que comecei quando ainda era “bond girl” (alguns devem-se lembrar ainda). É onde sou eu, a Filipa. Seja a Filipa designer, a que tem a chave d’A Base, a que tem duas filhas, ou a que foi ali ver o mundo, ou qualquer outra coisa. E que não tenho obrigatoriedade de aqui vir sempre – o que torna ainda mais genuíno este meu canto.
Quando abrimos a porta do nosso negócio
Quando abrimos a porta do nosso negócio, cabe a nós deixa-la aberta a quem queremos que entre. E não deixar aberta a toda a gente.
Pode parecer drástico, e até presunçoso, mas quando falamos de negócios e marcas nem todos temos as mesmas sinergias. Temos pessoas para amar, e outras para trabalhar. Não quer dizer que não gostemos com quem trabalhamos, mas a razão e o coração têm de ter o seu próprio espaço.
Empreendedora, por acaso.
Ainda no outro dia, apresentaram-me como uma nova empreendedora. E fiquei:
— Quem? Eu? Empreendedora? Como assim?
Vamos para a terra
Desde pequena, ouvi a expressão “vamos para a terra”. Sim, a santa terrinha dos avós, onde se passava as férias grandes (e pequenas), os fins-de-semana e feriados, com primos e mais primos… muitos deles sem saber ao certo que primos são, ou se realmente era primos, mas é tudo gente da mesma terra.
Se é tão fácil fazer o meu trabalho, porque é tão difícil para mim fazê-lo?
Pensamento idiota ou até parvo, mas aqui vai:
Se é tão fácil fazer o meu trabalho, porque é tão difícil para mim fazê-lo?
Digo difícil, porque são todos diferentes, os trabalhos, cada briefing segue um caminho diferente e autónomo, e cabe a mim seguir este caminho, ver até onde vou, até onde consigo ir. Podemos chamar de processo criativo, e, é aqui que tudo acontece, é com base nesta jornada que depois defendo e justifico as minhas opções. A simples questão de: não é amarelo, é verde porque isto, isto, isto e mais isto. As coisas aparecem feitas por várias razões, razões que assentam na leitura da marca, do target, dos serviços que vão ter, da nossa experiência, e muitas outras coisas que só nós sabemos.
Freelancing, no Dia Digital do Factory Braga
“Filipa, queres vir a Braga falar um pouco sobre o teu trabalho, e como é a vida de quem trabalha num mundo freelancing?” — Sim, quero. Foi o suficiente para este evento ter acontecido, e eu ter batido rota a Braga. Fiquei muito contente com o convite, e claro, era também uma oportunidade de estar novamente com a Monica.
Porque devemos de ter uma mesa sem computador
Foi uma das decisões que tive para 2017, tenho de ter uma mesa de trabalho sem teclados, ratos, monitores, discos, e tudo o que seja cabos, pens ou portas USB. Pois que todos os dias o meu trabalho é à frente de um monitor, e verdade é que sem ele nada avança nesta rotina de trabalhos e afins. Mas a quantidade de notificações, pings aqui, pongs ali… apps para desktop — que confesso só este mês é que instalei o Viber e o Whatsapp no Computador, porque não queria mais apps a saltitar no meu Dock, mas já me deixei levar.
Partilha-se muito, e fala-se pouco.
A Internet. As Redes Sociais. E agora podíamos ficar aqui só um minuto a pensar nestas duas coisas, e porque partilha-se muito, e fala-se pouco.
Trabalho com redes sociais todos os dias, utilizo o email a toda a hora, vou ao Google quase de hora a hora, uso o WhatsApp, tenho grupos no Viber… e está sempre tudo a apitar, a tocar, a receber mensagens, emails, notificações. Estou sempre ligada. Mas cada vez mais penso que de tanto estarmos ligados, nos desligamos. As nossas mensagens são curtas, sucintas, não lemos mais do que dois parágrafos [estou a ser generosa], partilhamos tudo, mesmo sem ler.