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Vamos para a terra

Vamos à terra

Desde pequena, ouvi a expressão “vamos para a terra”. Sim, a santa terrinha dos avós, onde se passava as férias grandes (e pequenas), os fins-de-semana e feriados, com primos e mais primos… muitos deles sem saber ao certo que primos são, ou se realmente era primos, mas é tudo gente da mesma terra.

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O meu spot nº 1 em Berlin

Se fosse para numerar por ordem de preferência, este seria o meu nº 1 de Berlin. É um espaço enorme, que começa por uma loja fantástica de decoração onde apetece trazer tudo, passando por um café com refeições bem diferentes, muita luz, e ainda um espaço exterior. Eu diria mesmo, um espaço para ficarmos horas a fio. É sossegado, amplo, e o melhor é mesmo ver as fotografias.

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Thun, onde tudo e nada se passa.

Fiz as malas e fiz esta viagem sozinha, pelo menos por uns dias. E rumei à Suíça, até Thun. Se não fosse o conciliar de agendas da família e reuniões de negócios, muito provavelmente não iria marcar férias aqui. Mas quando precisamos de ir, vamos, seja para onde for. E que agradável surpresa. Cidade pacata, na altura com vários mercados de Natal, cheiro a mulled wine no ar, muito e pouco movimentada, nem sei bem dizer. Não é Berna, nem Munique, é pequena, acolhedora, simpática. Rodeada de altas montanhas salpicada de neve. Cheguei de comboio, o que me deu tempo para escrever, planear novos workshops, arrumar ideias… coisas que não iria conseguir fazer sentada à frente do computador.

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Era isto que eu procurava.

Quando fiz este caminho de manhã, pensei: bolas que já não me lembro da última vez que passeei. Do tipo, passear com as mãos nos bolsos, sem relógio e sem horário a cumprir. Passear a passo lento e sem fazer a mínima ideia por onde vou a seguir.

Era isto que eu procurava, esta calma de não ter horário. De esvaziar a cabeça e deixar mesmo entrar ar. Arejar as ideias, olhar para o chão e para cima, ver o que me rodeia e não estar só focada no que está em frente.

Ah! Tempo fresco destas terras só nos fazem bem.

 

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A Tribo também escreve Travel

Viajar sozinha, eis a questão!

Voltamos atrás no calendário, 2013, mês quente de julho, um bilhete de ida e volta para Marselha, um destino preparado algures na Provença e eu sozinha!
Posso dizer sem sombra de dúvida que foi uma das minhas maiores aventuras da minha vida.

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Sou aquele tipo de pessoa dependente dos outros para ir ao cinema, a um concerto, para passear, correr, ou seja, detesto socializar sozinha… até ao dia, que sem pudor comprei um bilhete do alfa para o Porto, um bilhete de avião para Marselha, um bilhete de autocarro para Lourmarin e reservei uma estadia numa guest house… sozinha!

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O inicio da jornada começou em grande, sentia-me motivada, feliz comigo própria por confiar só em mim e nos meus pensamento que durante 1 semana seriam os meus melhores amigos, os únicos com quem eu podia ter uma conversação em português. Mas ao levantar voo no Porto, senti uma melancolia, um frio na barriga, fruto da própria experiência da vida que me colocou naquele desafio interno, mas no entanto, não me deixei abater, cabeça levantada, chegada a Marselha, ninguém fala inglês e o meu francês nada passa muito do Bonjour e Au Revoir. Alguma linguagem gestual depois, percebi por onde andava o meu autocarro e o gap entre o curto espaço de tempo no horário e o percurso a percorrer até chegar à paragem certa, era escasso, o coração palpitou, as pernas falharam, mas prova superada, entrada no autocarro com sucesso!

Quase 1 hora depois o autocarro parou à entrada da vila mais querida, pequena e pitoresca da zona da Provença, de nome Lourmarin. Descobri por acaso entre algumas pesquisas, a vila com que me identificava naquele momento, tirando o facto de ficar no sul de França e quase a 1 dia de viagem depois. O meu coração parou. Percorria as ruas medievais até chegar ao destino final, onde pousaria a mala demasiado grande para o efeito e tiraria as roupas suadas de um dia duro de roer, tive uma das melhores epifanias de sempre, um por de sol que me encheu a alma, aqueceu o coração e me revitalizou dos pés às cabeça, senti-me feliz em cada poro da minha pele.

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A semana foi calma, o local assim exigia, as caminhadas a pé foram muitas, as esperas pelos autocarros locais também. Meti na cabeça que queria conhecer os campos de lavanda e conheci, eram alheios, não devia entrar mas entrei e fiz bolhas nos pés até lá chegar. Fuji à trovoada, bebi sozinha numa esplanada, percorri mercados, vi detalhes que me fizeram sorrir, cheiros que tentei perseguir, jantei sozinha num restaurante, onde a minha mesa era uma só, com uma única cadeira, um prato e um copo, circundada por uma multidão que inconscientemente me sorriu e acarinhou. Tive um mapa na mão para percorrer trilhos e corta-matos, mas não passou disso uma ideia fabulosa que não pus em prática, há alguns limites para fazer sozinha! 🙂 Apreciei os olhares alheios, retribui sorrisos, disse não obrigada quando simpaticamente um francês se ofereceu para fazer-me companhia num copo de vinho branco, na praça principal, ao final do dia… como disse há limites ;). Sentei-me nos muros e olhei o horizonte, subi ao castelo e li um livro entre as muralhas, mostrei-me disponível para olhar à minha volta e absorver a rotina e correria do dia a dia. Pedi a estranhos para me tirar uma fotografia, perdi horas a falar de tudo e de nada com alguém na praça. Voltei a outro mercado onde me perdi naquilo que podia caber na mala.

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Se viajar sozinha é uma questão, então resolvam-na, pois a equação é simples e o resultado melhor. É uma experiência única, com um sumo que nos torna diferentes, mais abertos ao alheio, mais disponíveis para os outros e tão mais seguros de nós! Longe de um livro de auto-ajuda, uma viagem sem par é darmos mais valor às coisas mais simples da vida!

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Se alguma vez decidirem conhecer Lourmarin, não deixem de ficar na Ancienne Maison des Gardes (http://anciennemaisondesgardes.com), os anfitriões são as pessoas mais doces e disponíveis que conheci além fronteiras, o pequeno-almoço não tem explicação e fica mesmo mesmo no centro da vila! 🙂 Caso a vossa jornada incluir trilhos, passeios a pé e autocarro local, então para além de Lourmarin, é obrigatório fazer um circulo com o marcador no mapa em Bonnieux, Cucuron e Lauris. Caso o carro faça parte do itinerário então aí… tem toda uma Provença para descobrir!

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A Tribo também escreve Travel Vida de Freelancer

Viajar de avião & produtividade

Trabalhar a viajar é tão essencial. Nem consigo imaginar outro emprego sem essa importante componente: evasão. Bendito seja o Bleisure todo poderoso agora e na hora onde a inspiração falha. Amém. E benditos os soundtracks que criamos (ou que o genius cria) para nos agitar qual shot de café forte.

Saber-se com os pés pendurados por cima do oceano, muda o nosso mind-set.
Com ou sem paisagem, à janela ou na coxia, sempre tive uma imensa facilidade em trabalhar on-board. Ou porque viajo sozinha ou porque os meus travel buddies vão a dormir, consigo produzir e fazer render os minutos passados with your seat-belt fasten.
E cada um busca inspiração onde quer, sendo também imprescindível a ajuda de equipamento e preparação da nossa secretária, ou melhor, ambiente de trabalho. Há que saber o que temos que fazer, organizar previamente as nossas ideias para que quando parados, consigamos criar.

 E se descrevesse um “5 dicas para conseguir trabalhar enquanto viaja de avião” diria que passa por:
1. Organize previamente o que tem de fazer, priorizando o que é passível de ser feito com pouca bateria de laptop ou a partir de um tablet. Não se trata só de uma lista de to do’s, mas sim real percepção do que consiste o trabalho e da sua capacidade de o fazer offline.
2. Crie uma playlist (um soundtrack é bem melhor que ouvir interrupções do comandante. Além disso, se estamos habituados a ouvir nas colunas do escritório, voltar a ouvir nos headphones enfatiza a música e isso pode ser mesmo poderoso!)
3. Enfoque à produção de textos, relatórios, cálculos e trabalhos com recurso a aplicações previamente instaladas
4. Certifique-se que os recursos que precisa de consultar estão acessíveis offline ou instalados no tablet ou laptop. A cloud é muito traiçoeira e pode arruinar um plano de trabalho.
5. Preveja pausas, mas não espere pelo café. Traga os seus snacks. No escritório fazemos frequentes pausas que nos desviam do trabalho, mas que também nos permitem re-organizar ideias (espreitar um link num post, 2 linhas num blog, um quick-look ao instagram…). Não havendo internet não é possível esse devaneio, mas contem com essa necessidade com recurso a snacks.
E se o avião não se tivesse deslocado. Teria o mesmo efeito?!
Perguntem à Filipa que ela é que tem entrado em aviões que não chegam a descolar!
Bom trabalho e boa caça à inspiração 😉
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Como podemos ser felizes num só sitio.

Temos tanta coisa para visitar neste nosso canto do mundo que o melhor é mesmo aproveitar todos os dias para conhecer algo novo.
Luz Houses, ring a bell? Pois eu já estava mortinha para conhecer este local de tantas fotos e partilhas que tenho visto aqui pela rede. E desta vez foi a minha vez de visitar, aproveitar e respirar o que de bom se faz na hotelaria portuguesa.
Houve quem me perguntasse – então o que se faz lá? – Nada! E como eu adoro cultivar o nada para fazer. É claro que o escritório vai sempre comigo, e na mala vai sempre o portátil, o iPad e os carregadores de tudo e mais alguma coisa, mas não foram precisos. Ficou tudo fechado dentro da mala, pois o nada para fazer ganhou.
Mas começando pelo início, sabem quando chegamos a um sítio novo e mal entramos já fomos conquistados? Era de noite e quando me deram uma toalhinha quente para as mãos e um cházinho à frente da lareira, deixei de ouvir tudo o que estavam a dizer e fui [fazer o nada]. Acho que ficámos ali mesmo, nas horas que se seguiram.
É bonito sim, não como imaginava pelas fotos que tinha visto, mais bonito ainda. Mais acolhedor. Tudo estava quentinho, bonito, bem decorado, e os pormenores? Os pormenores de todos os cantos e cantinhos… são de perder a cabeça. A simpatia de quem nos recebe e guia pelo local não tem palavras, faz-me lembrar como em tantos outros sítios, igualmente bonitos, falta-lhes isto. Amabilidade. Hospitalidade.
Depois de fazer um pouco de nada, lá fomos ver o que havia para fazer. Temos bicicletas, temos ovelhas, temos trilhos onde o sol entra por raios de luz, temos uma gruta – imaginem só – é um spa. E eu fui lá. Recomendo, é místico. Quando entrei fez-me lembrar um cenário do Indiana Jones mas logo a seguir embarquei numa aventura mais holística.
Uma noite soube a pouco e ao mesmo tempo soube a tanto. Os quartos nem falo deles porque é mesmo para ir ver e desfrutar.
Fiz tanto e não fiz nada. E tenho de voltar a fazer.
As fotos são da Rita e mostram um pouquinho do nosso cultivo de não fazer nada 🙂


Texto | Filipa Simões de Freitas, Lance CollectiveFotos | Rita Quintela, CV Love
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É assim tão importante comprares esse livro?

Eu e os livros. Confesso, muitos deles é assim que vejo a capa que já decidi que o vou levar. Chamem-me bookaholic mas a primeira impressão quando vejo uma capa de um livro é logo determinante para decidir o seu rumo. Ok, pode não ser assim tão linear mas a importância da primeira impressão e de uma capa de livro é enorme [para mim].
Gosto de livros de frases, de mantras, de textos curtos e directos. De tópicos, de poucas conversas e de muitas imagens. Gosto de tipologias, de livros sobre cidades, sobre estilos e sobre o mundo. Gosto de livros para escrever, para completar e até para pintar. Gosto de livros coloridos, que ficam bem em cima da mesa, na fotografia e até na cozinha. Gostava de ler romances e histórias mas temo que não conseguiria terminar um só capítulo antes dos meus olhos se fecharem.
A semana passada a ida a Londres foi produtiva para a biblioteca cá de casa. Há lojas que são obrigatórias para a minha investigação a livros.

Um livro sobre Londres, onde 60 criativos londrinos apontam o melhor da cidade sobre design, arquitectura, comida, entretenimento e shopping? Yes, please. Quero esse. E a loja de onde eu o trouxe era bem gira: We Build This City.

A loja do TATE é também onde vou buscar grande parte dos livros que tenho, desta vez foi mais um livro sobre como mostrar o nosso trabalho e partilhar a nossa criatividade “Show your work! – 10 ways to share your creativity and get discovered.

O livro rosa choque que na capa tem 3 XXX é misterioso porque nada diz do que fala. Mas logo na primeira página diz: “30 things you need to know for running a successful business“, from Steve Edge. E este é para ir lendo uma frase por dia ou até mesmo por semana e meditar nela.

O último livro foi mesmo por gozo e pelas fotos que traz “The Instagram Book, inside the online photography revolution“.
Talvez tenham sido 2 kilinhos de papel que vieram na mala, mas valem muito a pena. Mais peso na mala, mas free space na mente.

Filipa Simões de Freitas
www.lancecollective.com
instagram.com/pippinha/

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