Vida de Freelancer

Pensamento idiota ou até parvo, mas aqui vai:

Se é tão fácil fazer o meu trabalho, porque é tão difícil para mim fazê-lo?

Digo difícil, porque são todos diferentes, os trabalhos, cada briefing segue um caminho diferente e autónomo, e cabe a mim seguir este caminho, ver até onde vou, até onde consigo ir. Podemos chamar de processo criativo, e, é aqui que tudo acontece, é com base nesta jornada que depois defendo e justifico as minhas opções. A simples questão de: não é amarelo, é verde porque isto, isto, isto e mais isto. As coisas aparecem feitas por várias razões, razões que assentam na leitura da marca, do target, dos serviços que vão ter, da nossa experiência, e muitas outras coisas que só nós sabemos.

“Filipa, queres vir a Braga falar um pouco sobre o teu trabalho, e como é a vida de quem trabalha num mundo freelancing?” — Sim, quero. Foi o suficiente para este evento ter acontecido, e eu ter batido rota a Braga. Fiquei muito contente com o convite, e claro, era também uma oportunidade de estar novamente com a Monica.

Terminei esta semana com o último Workshop deste primeiro semestre. Em Janeiro, lancei um plano ambicioso, digo ambicioso para mim, porque queria fazer pelo menos uma vez cada workshop que temos actualmente. A verdade é que houve um que não chegou a acontecer, e sei que estou em falta com muitas pessoas à espera – mas um trabalho grande, para lá de enorme, entrou naquela semana e não consegui chegar a todo o lado. Mas por outro lado tivemos uma novidade um Workshop dado pela Cristina sobre Vendas Criativas, e que vamos repetir de certeza.

Todos os dias temos a oportunidade de começar de novo, de aprender uma coisa nova, ou até mesmo de mudar. Mas quando um mês acaba, e outro começa, tenho sempre novas metas. E é nesta transição que costumo parar 5 minutos, para ver como foi este mês.

Não que eu tenha isto em mente, mas a título de curiosidade fui contar os anos. Mais precisamente, 5 anos, sem patrão. Chefe. Director… o nome que quiserem dar a quem temos de prestar contas no trabalho. Não foi a decisão que eu queria na altura, ou pelo menos julgava eu não estar preparada para me virar sozinha. Mas depois de um chefe mauzinho, um patrão ainda pior e uma carta de despedimento, tive mesmo de me virar sozinha. Arranjei um chefe melhor e, um patrão como eu — promovi-me a tal.

Às vezes, uma boa maneira de começar a semana com melhor agenda, é preparar tudo no domingo. E para preparar, basta apenas fazer um overview do trabalho a entrar. Dos emails a responder, e organizar logo tudo para a segunda-feira ser um dia de trabalho, e não um dia de “arrumações” de agenda. Mas às vezes, nem ao domingo lá vou! Não vou mesmo. É uma técnica que tenho vindo a melhorar, a de conseguir desligar, do mundo, do trabalho e aproveitar o sol 🙂

Quando começo a ver que, de clientes passam a parceiros, parceiros a amigos, e entre todos existe uma sinergia de ideias, todo o meu trabalho faz sentido.
Invento, construo, planeio, crio, mas principalmente faço. Faço acontecer! E isso para mim basta.
O meu trabalho é este – os projectos são vossos! E o mundo é pequeno, muito pequeno, por isso vamos tirar partido isso.
Não é vergonha partilharmos as nossas ideias, não é descuido falarmos sobre o que queremos fazer, é convicção! Porque quando sabemos exactamente o que queremos e como o vamos fazer, pode vir quem vier que nós estamos alinhados, e o nosso caminho está traçado. É a vontade que faz a diferença. Só temos de juntar as pessoas certas nesta cruzada.