A melhor dica de sempre que pode até salvar vidas? Pelo menos a nossa?! Tem uma palavra: Backup.
Quantos de vocês fazem backups? Regularmente? De tudo? Ou só mesmo de ficheiros de trabalho? Acredito que pelo menos uma vez na vida já todos perdemos um ficheiro, ou até mesmo um disco que deixou de funcionar. Um disco é mesmo algo grave e posso dizer-vos que já me aconteceu uma vez e não, não tinha backup [aprendi a lição]. Até que há pouco tempo aconteceu de novo: o disco do meu iMac teve de ser substituído e por sinal eu reparei logo cedo que ele não estava bem. Notei que estava mais lento, a fazer um barulho que não era normal e a bloquear, são motivos mais que válidos para o levar logo para arranjar.
Não é tarefa fácil tratar de fazer backups, porque basicamente nunca temos tempo para eles. É um facto: só nos lembramos dos backups quando precisamos deles. Mas é algo que queria, com este artigo aqui no blog, vos lembrar de fazer. E de fazerem regularmente.
Como é que eu faço os meus backups?
Primeiro tenho discos, e mais discos, e estou sempre a actualizar-me com novos, principalmente com maior capacidade. Cada vez mais, os ficheiros aumentam de peso e em número, por isso, o espaço que precisamos é também maior.
Disco Porta-Moedas
Para quem trabalha numa versão de freelancer e precisa de andar sempre com ficheiros de um lado para o outro, é necessário ter os ficheiros acessíveis. Por isso, tudo o que seja trabalhos e documentos que estão no momento a serem utilizados andam num disco externo. Este disco externo é quase como o meu porta-moedas, porque anda sempre comigo, e nele só andam os ficheiros em que estou a trabalhar actualmente e alguns ficheiros de apoio que preciso constantemente. Neste disco também andam sempre os ficheiros do meu projecto, do blog, das formações e da comunicação para as redes sociais. Até porque estes ficheiros são sempre necessários.
E claro, este disco, por ser tão usado e tão portátil precisa de ter um backup, porque a probabilidade de lhe acontecer alguma coisa é maior. E para fazer o backup utilizo um programa óptimo que sincroniza os dois discos. O Free File Sync é gratuito e tem várias opções, mas a que eu uso é a opção de espelho, que compara os dois discos e actualiza com os novos ficheiros.
O Disco Mãe
É aquele que está sempre lá, no mesmo sítio, não vai a lado nenhum e onde sabemos que vamos encontrar tudo. Este meu disco (actualmente de 3TB), não serve para mais nada a não ser mesmo para copiar ficheiros lá para dentro. Não trabalho a partir dele, não o tenho sempre ligado e minimizo as interacções (penso que estou a poupá-lo para não se cansar). Mas este é o meu disco, o milagreiro como já me apeteceu chamar-lhe muitas vezes. Quando já tenho um volume considerável de ficheiros, falo de trabalhos que já estão fechados, é altura de os passar para este disco.
A organização é muito importante, porque não vale a pena depois andarmos um dia à procura de ficheiros antigos neste disco. Para facilitar, eu sigo a mesma estrutura que tenho no meu disco “porta-moedas”, que é também a mesma organização que tenho nos computadores. Uma vez que somos nós a usar, é mais fácil termos a mesma organização em todo o lado.
- Dá o mesmo nome à pasta principal, seja Trabalhos, Work, etc.
- Depois começa a criar as pastas segundo o mesmo raciocínio que tens no computador, no portátil e nos discos em uso.
- Cria uma regra, por exemplo, tudo o que fica concluído é feito backup. Ou, uma vez por mês copias os ficheiros para o “disco mãe”.
O meu próximo passo vai ser ter uma cópia deste “disco mãe” mas noutro lugar. Não querendo ser pessimista, mas imaginem que há um incêndio, ou uma infiltração, ou cai um piano em cima deste disco. Isto foi uma sugestão que uns amigos me deram, não porque lhes tenha acontecido o caso do piano mas porque tiveram um incêndio pequeno em casa e lá quase que iam os discos dos backups. É questão para perguntar: quanto é que valem os vossos ficheiros?
Toneladas de Fotos – o que fazer com elas?
O melhor é mesmo termos um disco só para fotos, porque a quantidade de fotografias que acumulamos e o peso que elas vão ganhando, fazem com que mereçam um disco só para elas. E podemos até estar aqui a falar de vários discos.
No meu caso, como tenho utilizado o Adobe Lightroom para arquivar e organizar as minhas fotografias, tenho um disco externo onde gravo os catálogos que crio neste programa, e organizo por ano e por temas. Se tiver muitas fotografias dentro de um só tema, então crio um catálogo com esse tema/cliente/data (que é uma espécie de pasta no Lightroom). Mas mesmo não usando o Lightroom e se só precisem de fazer backups de fotos, considerem um disco só para tal, principalmente se já tiverem um volume considerável.
Time-Machine
Sim, também uso a opção de time-machine (uma funcionalidade criada pela Apple), mas apenas no portátil que tenho. Para fazer a time-machine completa do portátil tenho um disco só para essa função de 750GB. É uma questão de segurança, se por acaso perder, ou o portátil desaparecer, tenho uma time-machine dos conteúdos.
Se somarmos tudo, são muitos GB que vamos acumulando e guardando, mas se algo lhes acontecer podemos ficar muito aflitos. E um backup pode salvar-nos!
Certamente que todos nós temos histórias que nos fizeram perder a cor ao ver que perdemos um email, ou um ficheiro, não? 🙂