Ainda no outro dia, apresentaram-me como uma nova empreendedora. E fiquei:
— Quem? Eu? Empreendedora? Como assim?
Nunca me tinha caído essa ideia, e por acaso, nunca foi um objectivo de vida na minha lista de desejos, mais depressa me via a abrir uma papelaria… Mas entretanto, tive que ir ver bem a definição de empreendedora:
em·pre·en·de·dor |ô| – adjectivo e substantivo masculino
Que ou aquele que empreende; que é animoso para empreender; trabalhador; amigo de ganhar a vida (traçando empresas novas).
Lá isso é verdade, para trabalhar cá estou eu. Agora, se pensei em um dia abrir a minha própria empresa, ou até mesmo ter um atelier em Lisboa, confesso que não estava para aí virada. Mas calhou, por acaso ou não, mas como se costuma dizer, o caminho vai se fazendo, caminhando, vamos seguindo em frente.
Agora, em Novembro de 2017, parei para ver o que aconteceu. E aconteceu muito. Em apenas 1 mês e meio, montei um atelier, uma base, um espaço que levou obras, suor e muitas lágrimas. Trouxe-me muitas incertezas, dúvidas e até arrependimentos que duraram pelo menos meia hora. Depois voltei a olhar para a frente. Nunca fui muito de ficar a olhar para o problema, aliás prefiro nem olhar muito para ele, mas sim pensar logo em soluções. Se uma coisa está torta, eu começo logo a ver as vantagens de estar direita, e assim me distanciar do problema. Basicamente, vejo um problema, acelero e atropelo-o logo! Pronto, já não há problema.
Também, foi nos dois últimos meses, bem concentrados, que conheci um número grande de pessoas novas. Novas amizades que surgiram, clientes que se tornaram amigos, novos formadores que ajudaram imenso nestas mudanças todas de atelier e nos novos workshops…
Foi muita coisa ao mesmo tempo e confesso que cheguei a fechar os olhos e a deixar-me ir.
Mas… bolas, como é que cheguei até aqui? É isto que vou começar a contar nesta nova rubrica “Empreendedora, por caso”.
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